domingo, 30 de setembro de 2018

A SOMBRA DA TERRA

Em certas manhãs de céu limpo, quando saía para o exterior da minha casa, um pouco antes de o sol nascer, eu reparava que no horizonte do lado oposto ao nascer do sol, se formava uma faixa de cor azul ardósia, esbatendo-se para uma tonalidade rosada, que por sua vez se esbatia no azul celeste do firmamento. 

A lua, de manhã, perto do seu ocaso sobre a sombra da terra, vista da minha casa
Aquela faixa de cores e nuances que se esbatem e se ligam entre si, tem uma beleza intrigante que me despertava a curiosidade e me levava (e leva) a fotografa-la, especialmente quando a lua de manhã na deslocação para o seu ocaso, vai ao seu encontro e desaparece no horizonte por detrás dela.

Imagem: http://www.sulinformacao.pt
Sei agora, que esta faixa que vai diminuindo e desaparece quando o sol nasce, é a  sombra da terra, projectada no único suporte suficientemente grande para a conter: a própria atmosfera.

Imagem: http://www.sulinformacao.pt
A sombra da Terra é rodeada por um halo rosado, vulgarmente conhecido como “cintura de Vénus” ou “arco anti-crepuscular”, por oposição ao arco crepuscular que se desenvolve no horizonte por cima do Sol, pouco depois do seu ocaso ou pouco antes do seu nascimento. Esta luminosidade rosada difunde-se na atmosfera e provém da luz do Sol que se põe, ou que nasce, passando sobre as camadas gasosas que se encontram muito por cima de nós.

A lua de manhã, entre a sombra da terra e a cintura de Vénus
Devido às muitas partículas em suspensão, a nossa atmosfera pode funcionar como um enorme ecrã que se estende por todo o horizonte.

LOVE BIRD

Por falar em horizonte, num destes dias que passaram, saí fora de casa e quando estendi o olhar,  chamou-me imediatamente a atenção esta colorida ave,  que se encontrava empoleirada nos ramos de um carvalho e que julgo ser um Agapornis. Fez-me imaginar uma chama viva, flamejando na ponta daquele ramo de carvalho.

O Agapornis empoleirado  no ramo de carvalho
Esta espécie de aves é originária de África e esta é provavelmente uma que escapou de algum viveiro. Manteve-se naquele poleiro por longos minutos, lançando de vez em quando altos gorjeios, provavelmente, lamentos de solidão e chamamento. Ao fim de algum tempo, levantou voo e desapareceu. Tenho pena destas aves que não são originárias de cá, porque se não forem recolhidas, não tendo como se alimentar, morrem de fome. 

Imagem: http://www.dnatecosistemas.es
A ave que avistei perto da minha casa é muito semelhante a estas que são Agapornis Fischer Lutinos.
Os Agapornis também são chamados de pássaros-inseparáveis, pássaros-do-amor ou periquito-namorado. São aves barulhentas e activas tanto em liberdade como em cativeiro. São muito dadas a demonstrações de afecto para com membros da sua espécie e para com os seus donos humanos. 

DOURADO

Fazendo parte da família mais numerosa dos seres vivos, os insectos são fundamentais para a sobrevivência da humanidade. São os animais mais abundantes, bem sucedidos e distribuídos entre os terrestres e, segundo estimativas, existem entre 5 e 10 milhões de espécies. Se o seu ciclo de vida é curto, em compensação multiplicam-se rapidamente.

Um escaravelho dourado  polinizando uma graminea.
Alguns destes seres apesar de minúsculos, tem papel preponderante na polinização das plantas, que na sua maioria, depende deles para isso. Sem o seu contributo na polinização, a maioria dos alimentos que nos sustentam não existiriam. A sua importância, também, se deve ao factor mais simples da natureza: a cadeia alimentar. Muitos animais como pássaros, peixes, anfíbios, répteis e mamíferos alimentam-se de insectos, e portanto, sem eles estariam extintos. Estes factos, fazem com que a existência da humanidade deles dependa.

MENINA-VAI-Á-ESCOLA

Esquecidas durante a maior parte do ano e quase como num passe de magia, a Beladona floresce  entre os finais do Verão e os princípios do Outono com vistosas flores. Nas bordas dos caminhos, nos canteiros, nos jardins ou em qualquer local onde o seu bolbo possa lançar e fixar as suas raízes, como que surgindo do nada ela floresce e embeleza de tons rosados o espaço onde se encontrar

Algumas das minhas flores de Beladona
Esta planta, a Amaryllis belladonna L, conhecida pelos nomes comuns de, Beladona-falsa ou Menina-vai-á-escola, deve talvez este seu ultimo nome ao facto da sua floração coincidir com a época do inicio das aulas. 
Deve-se manusear com cuidado, pois todas as partes da planta contêm alcalóides tóxicos, sendo que a maior concentração, ocorre no bolbo e nas sementes. É uma planta que nas intoxicações graves, pode levar à morte.

Excertos de textos de: http://www.sulinformacao.pt