Maurice Ravel
Maurice Ravel em 1925 Imagem: wikimédia Comoons |
No dia 7 de Março de 1875 em Ciboure nos Pirinéus franceses, nasceu um menino que viria a ser um dos mais brilhantes músicos de França: Maurice Ravel.
Casa onde nasceu Maurice Ravel em Ciboure Imagem: wikimédia Comoons |
Maurice Ravel ao piano, aconpanhado de vários amigos entre eles Eva Gauthier e George Gershwin Imagem: wikimédia Comoons |
Maurice Ravel viria a falecer com 62 anos, em Paris, França em 28 de Dezembro de 1937.
Aqui uma ligação para o seu Bolero, pela Orquestra Sinfónica de Londres:
https://youtu.be/dZDiaRZy0Ak?list=RDdZDiaRZy0Akhttps://youtu.be/dZDiaRZy0Ak?list=RDdZDiaRZy0Ak
Este é a ligação para o melhor das suas obras:
https://youtu.be/1_WmavzeFh4
Aqui uma ligação para o seu Bolero, pela Orquestra Sinfónica de Londres:
https://youtu.be/dZDiaRZy0Ak?list=RDdZDiaRZy0Akhttps://youtu.be/dZDiaRZy0Ak?list=RDdZDiaRZy0Ak
Este é a ligação para o melhor das suas obras:
https://youtu.be/1_WmavzeFh4
In Memoriam
Ontem, precisava de falar com um dos párocos da minha paróquia. Consultei a folha informativa paroquial, para ver a hora a que se ia celebrar a missa e reparei no nome da pessoa por quem a missa era celebrada. Soou-me conhecido, mas que não consegui identificar com certeza. Resolvi assistir à missa fosse a intenção por quem fosse. Quando me aproximava da igreja, vi chegar uma carrinha com várias pessoas conhecidas e começou a formar-se na minha mente, a ideia, para quem era a intenção da missa a celebrar.
No fim da celebração para dissipar as minhas duvidas, perguntei a um dos familiares e meus amigos, se a missa tinha sido celebrada pelo "Zeca"e disseram-me que sim, que tinha falecido em França onde vivia e para onde tinha imigrado há muitos anos.
Foi "apanhado muito rápido", ainda em Agosto do ano passado, veio cá para ver um irmão que está doente e agora já está ele morto! Disse-me o familiar com sentida tristeza.
No caminho de regresso a casa, recordei os dias da escola primária e o Zeca de Candoso, (era assim como o conhecia-mos). Colega da mesma "classe", de tez clara e cabelo "russo", quase sempre de sorriso no rosto e de voz um pouco pastosa, com que costumava dirigir-se a qualquer um, quando as "coisas" não lhe agradavam, com a peculiar frase:
Anda meu stapunte!... meu carano!... tu vais ver!
E o orgulho com que falava do "Carriço", o cavalo que a família possuía, para atrelar à carroça na quinta que fabricavam? Era só ouvi-lo!...
À muitos anos que eu deixei de o ver! Tal como muitos emigrou para França e por lá lançou raízes.
Soube que vinha frequentemente a Portugal, mas nunca o encontrei. Com a sua morte é mais um colega da escola primária que desaparece.
Soube que vinha frequentemente a Portugal, mas nunca o encontrei. Com a sua morte é mais um colega da escola primária que desaparece.
Depois de reflectir sobre a sua ausência e morte, senti que mais um ramo da árvore imaginária da minha vida, foi quebrado. Um a um os ramos vão caindo e a cada ano, a árvore vai ficando mais decrepita. Resta a consolação, de que um dia a árvore deu sementes que frutificaram. De ti Zeca, meu amigo da infância, entre outras, ficou-me a recordação do teu quase perene sorriso e da tua amizade.
Zeca de Candoso
Soube hoje com tristeza que
partis-te.
E amargurou-me o coração.
Foste para sempre, não te
despediste.
Duras são as imutáveis leis
da criação.
Juventude na mala, partis-te para França.
Separou-nos a distância e o
esquecimento.
Com fé e trabalho, o sonho se alcança.
Que aqui a vida não dava sustento.
Amigo das brincadeiras da
escola.
Das correrias na hora do
recreio.
Da pena da lousa e da sacola.
E das tropelias inocentes, sem
receio.
E tu Zeca, não sendo o maior amigo.
Porque sabes, nem todos o são.
Tal como todos os outros.
Tens um lugar, no meu coração.
Manuel M. Machado 7/3/2017
Dedicada ao amigo da infância, José Manuel Pinheiro Pereira, falecido em França.
Descansa em paz, Zeca de Candoso.