O espectro
Já fui verde, sombra, frescura
Filhos cresceram à volta de mim.
Hoje, negro espectro que apodrece.
Ciclo de maldade que não tem fim.
A vida levanta-se de novo a meu lado
Pudera fazê-lo, se houve-se seiva em mim
Secou-me o fogo, corroem-me os vermes
Precoce e triste, a minha, chegou ao fim.
Lembra-te insensato, que o fogo ateias
Os teus vindouros dos meus precisarão
Uns aos outros na jornada se amparam
Sem seiva, não há vida, nem verde, nem pão.
M. Machado 07-2017
A quem brinca com o fogo, sobra loucura e falta vergonha!...
Ditado popular
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